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  • Foto do escritorOscar Valente Cardoso

As Relações Entre Segurança da Informação e Proteção de Dados Pessoais: Definições e Principais Diferenças

Segurança da Informação e Proteção de Dados Pessoais frequentemente se cruzam no cenário digital de hoje, mas representam conceitos distintos com objetivos únicos. Entender sua relação é essencial para profissionais encarregados de proteger informações confidenciais, particularmente na área jurídica.



O que é Segurança da Informação?


A Segurança da Informação se refere aos processos e tecnologias usados ​​para proteger qualquer forma de informação, digital ou física, de acesso não autorizado, divulgação, alteração ou destruição. Ela abrange uma ampla gama de dados, incluindo registros comerciais, informações proprietárias, propriedade intelectual e dados pessoais. O objetivo da segurança da informação é garantir a confidencialidade, integridade e disponibilidade (CID) das informações.


- Confidencialidade: garante que somente indivíduos autorizados possam acessar determinadas informações.


- Integridade: protege a precisão e confiabilidade dos dados, impedindo alterações não autorizadas.


- Disponibilidade: garante que usuários autorizados possam acessar as informações quando necessário.


A Segurança da Informação abrange ferramentas como criptografia, firewalls, controles de acesso e protocolos de segurança cibernética, todos projetados para proteger dados em vários formatos e sistemas.



O que é Proteção de Dados Pessoais?


A Proteção de Dados Pessoais se concentra especificamente na proteção de informações relacionadas a pessoas naturais. Envolve o controle de como os dados pessoais são coletados, processados, armazenados e compartilhados, entre outras atividades de tratamento. As leis de proteção de dados pessoais, como o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) na Europa e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) do Brasil, impõem regras rígidas sobre como as organizações lidam com dados que identificam ou se relacionam a indivíduos.


As principais normas que norteiam a proteção de dados pessoais incluem:


- Transparência: os agentes devem informar os indivíduos sobre como seus dados pessoais são tratados.


- Limitação de finalidade: os dados devem ser coletados apenas para fins específicos e legítimos.


- Minimização de dados: apenas os dados necessários devem ser coletados para esses fins.


- Precisão: os dados pessoais devem ser corretos e mantidos atualizados.


- Limitação de armazenamento: os dados não devem ser retidos por mais tempo do que o necessário.


- Segurança: os dados pessoais devem ser protegidos contra acesso não autorizado ou violações.


A Proteção de Dados Pessoais visa garantir que os indivíduos mantenham o controle sobre seus próprios dados, reduzindo os riscos de violações de privacidade e roubo de identidade.



Principais Diferenças entre Segurança da Informação e Proteção de Dados Pessoais


1. Escopo da Proteção

A Segurança da Informação abrange todos os tipos de informações, pessoais ou não, e concentra-se em protegê-las contra acesso não autorizado, violações ou alterações. A Proteção de Dados Pessoais, por outro lado, aplica-se especificamente a dados sobre pessoas naturais. Enquanto a Segurança da Informação protege os dados em si, a Proteção de Dados Pessoais garante que as organizações respeitem os direitos dos indivíduos em relação aos seus dados.


2. Estruturas Legais

A Segurança da Informação depende das melhores práticas, padrões da indústria e soluções tecnológicas para proteger dados. A Proteção de Dados Pessoais é regida por leis e regulamentos específicos, como o GDPR, a LGPD e o California Consumer Privacy Act (CCPA). Essas leis determinam como as organizações devem lidar com dados pessoais e conceder aos indivíduos certos direitos sobre os seus dados.


3. Objetivo Principal

O objetivo da Segurança da Informação é evitar acesso não autorizado, perda ou manipulação de dados, garantindo a disponibilidade e confiabilidade dos dados. A Proteção de Dados Pessoais, no entanto, está principalmente preocupada com os direitos de privacidade, focando em como os dados são usados, compartilhados e se o indivíduo consente com tais ações.



Como Eles Trabalham Juntos


Embora esses dois campos sejam distintos, eles geralmente se complementam. A Segurança da informação fornece a estrutura técnica necessária para implementar medidas de Proteção de Dados Pessoais. Por exemplo, criptografia, firewalls e armazenamento seguro de dados protegem os dados pessoais de acesso não autorizado. Ao mesmo tempo, a Proteção de Dados Pessoais garante que as organizações manipulem esses dados de forma válida e lícita, respeitando os direitos dos indivíduos à privacidade (entre outros direitos relacionados).


A proteção eficaz de dados requer uma base sólida de Segurança da Informação. Sem sistemas seguros, mesmo as políticas de privacidade mais bem elaboradas não conseguirão proteger os dados pessoais. Por exemplo, uma empresa pode ter um aviso de privacidade claro que esteja em conformidade com o GDPR ou a LGPD, mas se sua rede for vulnerável a ataques cibernéticos, os dados pessoais ainda poderão ser expostos, levando a penalidades regulatórias e danos à sua reputação.



Conclusão


A Segurança da Informação e a Proteção de Dados Pessoais estão intimamente ligadas, mas atendem a propósitos diferentes. A Segurança da Informação garante que todas as formas de dados e informações permaneçam confidenciais, precisas e acessíveis, enquanto a Proteção de Dados Pessoais se concentra em defender os direitos dos indivíduos sobre seus dados. Juntos, eles formam uma abordagem abrangente para proteger as informações confidenciais no mundo digital de hoje. Os profissionais jurídicos devem entender ambas as áreas para aconselhar efetivamente os clientes e proteger seus negócios de violações de segurança e regulatórias.




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